sábado, 28 de fevereiro de 2015

Detesto admitir, mas sou um poço de timidez!

Há pessoas que pensam que sou metida ou fechada ou sei lá exatamente o que pensam a meu respeito. Talvez eu seja um pouco de tudo isso, aliás nós somos um misto de tantas coisas que nem sempre conseguimos nos definir exatamente. Há algumas semanas, eu acho, poderia jurar a mim mesma que a timidez era um problema passado, já resolvido. mas acho que estava me enganando. É o que muitas vezes faço mesmo que inconscientemente.
Não sei o que lhes transmito quando passo os meus textos. Sabe?! Que tipo de pessoa vocês imaginam que eu seja, mas talvez isso não venha ao caso.
Sempre fui um tanto introvertida e vergonhosa apesar de que desde o ensino médio venho trabalhando para uma melhora com relação a isso e sim, tenho obtido êxito. No entanto, apesar da demasiada mudança, por vezes me pego vivenciando momentos de extrema inibição. E foi com "alerta" de terceiros que eu vim perceber que não, eu não me livrei da bendita.

Não estou com isso querendo dizer que a timidez é algo completamente ruim, até porque acredito que tudo é formado por dois polos, um positivo e um negativo, e cada indivíduo tem sua visão do que a ti agrada ou desagrada.
Na minha memória guardo muitos momentos em meu passado em que ela me atrapalhou bastante, principalmente me referindo a vida escolar. Por vezes chorei por conta de apresentações de trabalhos, por ter de ler em voz alta, falar diante a classe inteira, em auditório, feiras de ciências... Ou também em 1°(s) dias de aulas, já que eu mudava constantemente de colégios e isso sempre foi uma tortura. As pessoas, todas estranhas, com os olhos voltados a mim e nem sempre tendo vontade de fazer amizade. Durante todo o ensino fundamental mantive-me isolada, geralmente com 1 à 2 amigos.
Atualmente estou bem melhor se comparado há anos atrás, embora quem não me conheça pense que não. De fato conversar com pessoas estranhas, nem sempre, mas muitas vezes é motivo de extrema timidez. Por esse nem sempre quero dizer que sou contraditória. Às vezes, por exemplo  no dia da entrevista coletiva para o trabalho eu consegui falar bem na frente de várias pessoas, mas daí em outras não sei exatamente o que me dá que não consigo falar com pessoas que não estão em meu "círculo de conhecidos".
Há momentos em que passo a me achar ridícula por ser tão introvertida. Eu que tantas vezes, quando menor, vivi à procura de soluções na internet para cujo ponto denominava um extremo negativo em mim, já não vejo mais tamanha necessidade em me livrar disso. Todas essas pesquisas foram em vão. Descobri que a internet não pode nos ajudar em tudo. São pontos da personalidade e com o tempo fui me acostumando e aprendendo a lidar com meu jeito, porque eu sou assim. E o que posso eu fazer???
Talvez tentar melhorar, mas mudar por completo é plena ilusão, não estarei sendo eu mesma e aliás...Não se muda a essência do homem! DEFINITIVAMENTE ACREDITO NISSO.

A partir do ensino médio as coisas mudaram bastante. Quando terminei a escola passei a fazer cursos que também colaboraram, embora ontem ao saber que no curso N° 2 teremos um projeto para apresentar no auditório em agosto eu senti-me totalmente sem chão. Ta, é exagero. Mas sabe o que venho aprendendo com o tempo e que tem me ajudado MUUUUITOO? A não sofrer por ansiedade, o que por sinal pode dar um post futuro sobre isso,enfim... Muito embora, certas coisas não sejam tão possíveis de não pensar eu procuro fazer isso com aquelas que consigo. Esse projeto mesmo, é só para agosto e as pessoas já estavam falando  preocupadas, descabeladas e eu não estou tão...aflita com isso. Aprendi a deixar para pensar de última hora. Quando tenho apresentações ou outras coisas que me deixem ansiosa e com receio procuro deixar para lá. O que tiver de fazer vou fazendo, mas não fico com aquilo na cabeça me preocupando e me estressando. "Ajo como se nem me importasse" e quando chega a hora seja o que Deus quiser. Às vezes tenho desempenho inacreditável, certo que outras não, mas faz parte.
Aprendi que é necessário tempo e força de vontade para que certas mudanças aconteçam e foi assim que consegui progredir.

                                 

Hoje, não sei exatamente se posso ser mais que isso, aliás, sempre podemos, mas não sei se estarei sendo eu. Descobri que agora o que posso fazer é aprender a lidar com algo que percebi não se tratar mais de um defeito, mas até uma extrema raridade, se tratando dos dias atuais. Não é questão de me conformar, mas saber que isso não é algo que eu deva ter vergonha em mim ou repudiar, mas me orgulhar porque é parte de mim.
Há alguns anos, como eu disse, fui muito prejudicada devido a essa questão ,mas agora já não sinto mais aquela vontade de extrema mudança, de ser tão extrovertida quanto as outras pessoas. Não mais abomino esse meu jeito, aliás posso afirmar que gosto e por vezes chego a amar o que um dia foi tido como detestável.
Tudo é bom até o momento em que não te causa danos e digo até que ela é tão contraditória quanto eu. Por vezes acho que atrapalha, por vezes que me ajuda e assim vou vivendo.
Quanto aos temíveis trabalhos peço ajuda a Deus sempre, para que dê tudo certo na hora já que terei tantas apresentações pela frente.

Às vezes penso que a timidez é por vezes um charme involuntário de quem a tem se souber usá-la, ao mesmo tempo que em extrema demasia chega a ser chato. Acho bonito pessoas com certa timidez (não em excesso) "PRONTO FALEI!!!"
Com o tempo percebi que mudar nossa essência não é possível e nem correto querer fazer. 
Notei que cada um tem sua personalidade e deve se orgulhar disso (NEM SEMPRE RSRS'), e cada um é bonito com seu jeito e especial para muitos exatamente por isso. 
Podemos e devemos querer melhorar sempre, mas não adianta sermos quem não somos para agradar às pessoas. 
Se há algo que te incomoda ou atrapalha você pode sim melhorar. Mas se deseja mudança, por você e não por outra pessoa. Se te incomoda e não ao outro.
Lembre-se que sempre haverá algo que os outros irão se queixar a seu respeito porque as pessoas são muito distintas de personalidade e lembre-se também que nem sempre algo que você não goste em alguém será um motivo para que este mude, portanto não se faz válido fazer você extremos em si por outro.
"A essência do homem é para mim imutável, mas sem dúvida aprimorável. Deve se-la feita em prol de si mesmo e não por conta de terceiros".
Um beijo aos assíduos que esperaram 2 semanas ou quase isso por uma simples postagem. Peço compreensão apenas.


#UmaHeliofóbica

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Intervenções estéticas

Você está 100% satisfeito com sua imagem? Sim? Então não há problemas em se olhar no espelho com certa frequência certo? [...]
Resolvi falar sobre o dito tema aparentemente inútil ou fútil porque recentemente fiz uma intervenção estética.
Quero dizer, o fato de falar em estética não é estar necessariamente sendo fútil, mas é o que sem dúvida transparece a uma parcela. No entanto, ainda assim darei prosseguimento ao tema.
Ao pensar em falar a respeito decidi que deixaria implícita minha intervenção, a fim de não colocar muito à mostra minha vida pessoal. Entretanto trata-se de uma controvérsia, pois sendo o blog também sobre isso e eu tendo feito bastante. Desta forma mudei de ideia e aqui estou usando-me de exemplo mais uma vez.



Acho que já devo ter comentado, e se não, farei agora: "Sou a favor de intervenções estéticas desde que não mudem a essência nem transformem a pessoa num dependente das mesmas para ser feliz". É meio suspeito dizer isso, tendo eu feito, mas ainda assim falo.
Recentemente tivemos um caso bem comentado, divulgado e repercutido na mídia  da ex participante da fazenda ,Andressa Urach, que devido a extrema vaidade acabou tendo como consequência de uma imprudência uma infecção, ou algo do tipo. (Não, eu não acompanhei o caso como as noveleiras  que acompanham cada capítulo e não eu não procurei me informar detalhadamente sobre como aconteceu até porque é só uma passagem e ando muito ocupada estudando para o enem).
Não estou aqui para julgar os vaidosos, sendo eu mais uma dessa crescente parcela, embora talvez nem seja necessário mencionar.



Sou adepta a frase: "Tudo demais é ruim/ faz mal", mas não julgo quem o faz.
É normal do ser humano não satisfazer-se 100% mesmo que toda a população estime ter sua aparência. Todo mundo, eu repito, todo mundo (embora eu mesma em outras vezes diga que se faz errado generalizar) tem algo que não gosta em si. Sério, possa ser que eu esteja extremamente errada, claro que pode, mas não consigo imaginar que todos se olhem no espelho e não tenham nada do que se queixar, porque o ser humano é tão falho e mesmo que não daria-o ele mesmo, um jeito de o ser. Eu por exemplo, tenho coisas em mim que não gosto, mas que as pessoas nem reparam ou quando sim, não veem nisso algo tão mau assim. Acontece que nós somos nossos próprios vilões, antes que qualquer outro seja.
Sem a vaidade haveria o desleixo. sem a preocupação haveria a negligência...E sabe o resultado de quem não preza, zela e cuida da aparência? Da imagem que reflete ao espelho? Um alguém totalmente desleixado, largado e visto com maus olhos muitas vezes.
Que passará então a ser desprezado por si mesmo e em seguida pela sociedade e todos aqueles que não prezam nada mais que um ser horrivelmente lindo, espantosamente Amazing (surpreendente).
Há quem não se importe com a aparência, outros em excesso. Mas se temos o direito assim como à vida, a um corpo só nosso para cuidar, porque trata-lo como qualquer coisa ao invés de tê-lo com todo zelo e esmero? 
Porque despejarmos boca abaixo qualquer tipo de comida? (para não chamar de porcaria), porque investir tanto em bronzeamento artificial se tudo que é artificial não é tão bom quanto o natural?
Porque mesmo passar horas torrando nesse sol cada vez mais forte, estando em praias ou não, não dar importância à higiene, nem mesmo lavar os cabelos com frequência?



Sentir-se bem com a própria imagem não é ser vazio e fútil. Este é quem tem nisso a única razão de existir, a coisa que prevalece a todo o resto. Cuidar-se é saudável, faz bem, aumenta a auto-estima, a auto-confiança,alegra o dia, melhora o humor e consequentemente gera sorrisos.
Falando em sorrisos, cujos amo mil vezes mais que coxinha, sei que estão no mínimo curiosos para saber qual foi a minha vaidade. Eu chamaria de necessidade, visto que, desde que me entendo por gente tinha vontade de mudar isso em mim,pois fora sempre algo que fez meu sorriso reduzir e a auto-estima dar lugar a paranoia com o espelho e a insegurança.
Sem mais delongas, fiz minha gengivoplastia.
Trata-se de uma cirurgia simplíssima e rápida de remoção de gengiva e graças a ela,a Deus, a minha dentista (a qual até que se prove que não, chamarei de anjo) e a cirurgiã, poderei sorrir sem mais pudor e sem mãos sobre a boca.
Encerro aqui, sem me estender a respeito.
Fica a dica!
Cuidar de si é válido até o ponto que perceba não estar extrapolando. 
Viva, cuide-se com todo desvelo do que a ti foi dado, sinta-se bem consigo mesmo. Pois se você não fizer, quem fará? Se você não olhar no espelho e simplesmente amar o que está diante dele refletido não espere que os outros façam. A insegurança consigo é transparecida por um pequeno gesto. A vida é curta e é uma só, pelo menos essa. Então use a roupa que gosta, a maquiagem legal ou simplesmente não a use se assim te satisfaz. Apenas certifique-se de que te agrada, mais que isso, que sua imagem lhe agrada o suficiente para que haja enorme amor por si mesmo.

#UmaHeliofóbica

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Trabalho e Consumo

Há algum tempo, não muito tempo, cerca de 1 ano e meio eu acho, ainda quando eu estava desempregada e no ensino médio, a frase que eu mais ouvia e que mais me chocava era "Quando você estiver trabalhando você vai entender, vai estar sempre sem dinheiro".
Há 2 meses comecei como Jovem Aprendiz numa empresa de construção civil e já vejo em mim, reflexos da síndrome do "Agora eu tenho meu próprio dinheiro" kkkk.
Simplesmente não conseguia entender como alguns amigos meus que ganhavam muito bem para um jovem aprendiz, obrigada, gastavam em "dois tempos" o salário. Isso para mim definitivamente não se encaixava. _Sou responsável, boa administradora e ciente de que isso não ocorrerá comigo. Definitivamente achei que eu fosse 100% não corrompível pelo dinheiro se o tivesse só para mim.
O tempo passou, agora já o tenho e por mais que eu me negue a terminar essa história, tenho de fazer pois já a comecei.



Fecho os olhos, talvez minta para mim, não acredito que esteja sendo levada pelo consumismo exacerbado.
Há alguns meses planejava o que faria, que guardaria mais que o proposto e agora vejo-me desvirtuada de tal caminho aconselhado por mim anteriormente.
Talvez eu esteja a ser exagerada em demasia, aliás, mesmo que eu o guardasse por completo não faria fortuna, apenas me privaria de usufruir do que o mesmo pode a mim proporcionar.
Entretanto, por vezes a consciência pesa, sinto-me culpada por tal bobagem, porque é bobagem. Não são milhares nem milhões que alterariam meu futuro, desta forma sinto-me um pouco melhor, aliás, durante 17 anos esperei por esse momento. O momento em que teria eu meu próprio salário, minha quase independência,pelo menos para comprar muitas coisas que há muito eu estimo.
Seja fútil ou não, nem me importo, é algo que eu desejo. E de que serve o dinheiro senão para satisfazer algumas vontades e luxos? Isso afirmo com plena certeza, não serei escrava dele. 
Não o terei para não gasta-lo comigo, de forma a recompensar-me pelo esforço.
Meu único receio é desaprender a viver no caso de meu contrato encerrar e eu voltar a "miséria" kkk.




Atualmente as pessoas são escravas do dinheiro, especificamente grandes empresários, que trabalham a fim de aumentarem fortunas que eles próprios não serão capazes de gastar por completo. Apenas para manter posição, status. Que besteira _Assim penso, mas cada um tem sua concepção a respeito do que a ti é válido.
Ouso as vezes, geralmente nos ônibus, local público mais frequentado por mim kkk, algo como: "Dei 1 salário, 1,5 salário nesse celular". Isso causa a mim indignação. Talvez possa chamar de realmente não saber valorizar o tempo disposto, o cansaço gerado por dias e dias de constante trabalho.
Existem pessoas que não sobrevivem sem gastar, acham válido passar 30/31 dias se matando para torrar em tão pouco tempo com coisas desnecessárias e que na maioria das vezes não compensam.
Ainda não cheguei a tal nível, na verdade estou um tanto distante, para meu alívio.




O consumismo tem como maior influenciadora a mídia, talvez a mesma quem o tenha criado.
Esta é a maior responsável por tamanha necessidade de gastos em vão nas pessoas e enquanto a mesma for acatada assim prosseguirá o processo.
Estou em fase de teste, aliás, sou jovem então perdoa-se e nem tem 3 meses que estou trabalhando. Os gastos até então foram por real necessidade e não permito que ninguém o diga que não pois cada um sabe de suas necessidades. Meu Deus! Estou a me contradizer??? Eu juro que é necessidade.
Somente com o tempo poderei fazer uma melhor avaliação de meus atos e tomar as devidas conclusões em cima deles.
Não mais me citarei nessa postagem pois o exemplo a ser dado já fora dado.



A partir do momento em que tudo passa a ser essencial e de suma necessidade o caso passa a ser preocupante. 
A influência das propagandas nas pessoas é de fato o que faz com que as mesmas saiam às ruas loucas para comprar o novo I phone. Falando nisso faz-me lembrar novamente do status. infelizmente ou felizmente, sei lá, as pessoas prezam muito isto.
É cansativo e desnecessário. Nas redes sociais esse é o exemplo mais claro. 
Pessoas de classe média, numa maioria, tirando fotos com seus I-phones para mostrar que possui, fotos de ingressos para shows em camarotes, comidas em restaurantes caros e muito "bem frequentados"(como dizem). 
Usarei minha palavra de praxe, uma das que mais gosto de usar para definir tais atitudes. 
Pura alienação. As pessoas são meramente influenciáveis, leváveis, sabe?
Acho que é por isso que muitas mães pensam ainda mais nos tipos de amizades que seus filhos possuem. 
O ser humano é movido pela sociedade, pelo grupo com que anda e pelo que o induz a fazer se quiser permanecer junto a eles. 
Se Pedro anda com João, Maria e José que usam drogas Pedro tem de usar também para fazer parte do grupo. Claro que não é necessariamente sempre assim, mas em grandes casos é dessa forma que ocorre. E porque não dizer que Joana comprou um Apple para se enturmar com as populares da escola? Ou gastou 2 mil reais em um show que nem gosta somente porque toda a turma vai? Comum, normal.
Daí vem a mídia, que é um mercado constante, lança a cada dia produtos novos que custam os olhos da sua cara e praticamente te obriga a comprar. Em seguida já não te serve mais pois se trata de algo ultrapassado e o ciclo se segue...É assim que ocorre.
O ser humano parece ter nascido para ser manipulado pela mídia, para ser o gerador de lucro para a mesma. Para trabalhar, as vezes ser escravizado horas a cada dia, e ao final do mês dar todo seu dinheiro de mãos beijadas porque aumentam os impostos, as inflações e o salário por mais que também o faça já não é o suficiente para suprir o necessário. Como se não bastasse, a televisão te diz que você não será ninguém se não possuir os cabelos de Gisele Büchen ou as pernas de Paola Oliveira. Sabe,acontece e o ciclo se repete.
Sempre haverá aqueles que trabalharão para pagar suas contas: água, luz,gás,aluguel.... E os que trabalharão para comprar seu I-phones e dividir para 24 vezes, acumular contas e nunca sair do vermelho porque antes que terminem as 24 prestações surgirá um outro telefone mais atual.
A vida é constante, ela não se faz estática, mas o ciclo é sempre o mesmo. 
Em ambos os casos não sei se há correto ou errado. Por um lado você é fantoche da mídia, de outro escravo do trabalho, sem direito a lazer, a nada... Já não sei se algum é válido e é por isso que quando paro para pensar vejo que o dinheiro já não da para nada e não porque estou gastando com bobagem, mas porque tudo está um absurdo. Vejo como única saída minha consciência, que ainda tenho e os estudos, como forma de me fazer crescer futuramente.
Aos que assim também pensam acredito que estamos seguindo um caminho melhor, aos que não...Bem, como sempre digo: "Cada um sabe o que a ti se faz melhor".
Ps: A pouco lembrei que já tinha falado sobre o tema, entretanto como minha memória é excelente e só me veio lembrar disso assim que o conclui, então de qualquer forma está aqui. 

#UmaHeliofóbica

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A falsa estranha necessitada de atenção!

06-02-15 Sexta-feira

Talvez eu não seja tão ruim assim, digo, com relação a aparência.
Essa não é uma página de pura futilidade. Desculpa, mas, só me vem em mente essa palavra quando resolvo falar sobre "beleza".
Estou agora sentada no banco, a biblioteca está fechada, mais uma vez...Quando fiz anteriormente, sentei-me no banco, tive de levantar pois o barulho de pandeiros, sim trazem pandeiros para o curso, atrapalhou minha leitura. 
Estava me sentindo inferior se comparado à essas garotas que me cercam com seus Vans e seus casacos Gap, e eu aqui, praticamente uma criança vestindo cachorrinhos. _Estranha, pensei, como de praxe. Mas ontem eu refleti um pouco após uma conversa com uma colega, percebo que refletir é algo que faço bastante, e talvez isso seja algo que eu mesma tenha posto em minha cabeça. Com relação a ser estranha.



Para a sociedade,

Tudo que for distinto será julgado por vós como estranho, como ridículo e como algo que se deve manter distância. Isso é incontestável e posso afirmar que estava poluindo meus pensamentos durante todo esse tempo, convertendo-os, corrompendo-os.
Cara sociedade, já não mais me importo sobre o que pensa a meu respeito, já que prefiro ser um ser inconciliável a ser mais um de muitos idênticos. Não vou mais achar que o erro está em mim por eu ter personalidade própria, nem deixar que me afetem os bombardeios de palavras, mesmo que ditas mentalmente ou através de cochichos, nem abalarei-me mediante aos olhares quando for vista em plena temperatura de 34° com casaco, sombrinha, protetor e o que mais puder ser feito por mim a fim de proteger-me.
Pergunto-me como em todo esse tempo pude eu ter sido afetada de tal maneira ao ponto de pôr em mente que sou DEFINITIVAMENTE ESTRANHA E INSOLÚVEL. 
Como alguém pode depreciar-se deste jeito, diminuir-se, achar-se incapaz, por exemplo, de competir com outras garotas por belos rapazes? Ora, isso aqui não se trata de uma competição, pois se fosse, eu ganharia. Mas esse não é o foco.
Agora não me vejo mais como um ser incapaz e ridículo, que se olha no espelho e vê apenas defeitos, muitos defeitos que até as mais belas os possui.
Talvez a saída do ensino médio tenha me feito pensar assim, pois já não me encontro rodeada por pessoas que dentre muitas outras voltam seus olhares e palavras, palavras de elogio, somente a mim. Penso que o tempo inteiro sinto saudade de tanta bajulação.
Ora, eu vejo todas essas garotas, da mesma escola que estudei, recebendo tanta atenção, recebendo toda a atenção, a atenção que era minha e isso faz eu me sentir diminuída e inferior. Pior, como se estas estivessem roubando o meu lugar.
Não cai a fixa de que meu tempo acabou faz mais de 1 ano e que sem dúvida há coisas muito mais importantes que ser notada por pessoas que prezam apenas isso, a notoriedade.
Repetição, ideias vagas, pensamento pequeno..Não sei se isso aqui vai ajudar de alguma forma [...]
Subi as escadas a fim de conferir minha aparência, minha expressão é séria e de durona, já não sei se afirma aos outros que sou..."distinta" ou metida ou sei lá...sei que as pessoas olharam, evitei olhar em seus olhos, apenas segui. Logo quando saí do banheiro, com um quase sorriso no rosto e expressão de alívio percebi o porque de as pessoas terem me fitado.
Não por terem me achado estranha, mas porque estou bela (nada comparado a Megan Fox ou Kristina Pimenova, mas ok) . Sou mais bonita do que achei que fosse, as vezes perco essa noção pelo fato de que para tê-la preciso ter pessoas a minha volta confirmando isso a todo momento, devido a minha insegurança, e agora sei que sou olhada por chamar atenção, e não de um modo ruim. 
Toda essa paranoia fora eu mesma que tinha posto em minha cabeça, não vou culpar a sociedade desta vez..
Acontece que depois de tantas coisas, de tanto tempo sem tê-la, a atenção voltada a mim, e ter colocado em minha cabeça que sou esquisita e que é por isso que me olham, acho que já não sei mais lidar com isso.
Agora penso que assim como vejo muitas garotas, aparentemente bonitas até que se prove o contrário e sinto-me inferior, estas que me olham e que eu achava que era por me acharem estranha, elas talvez pensem da mesma maneira que eu. 
Só quando paro para refletir percebo o quão a vida é engraçada.

#UmaHeliofóbica

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sobre motivação ou a falta dela

A palavra motivação é uma formação por aglutinação de Motivo+ação, ou seja, o motivo que leva o ser humano a tomar certas atitudes e ações.
Há quem diga que a motivação é meramente um fator interno, ou seja, descartando assim todas as possibilidades de haver a motivação externa, através de outras pessoas ou coisas. Eu discordo TOTALMENTE dessa afirmação. Dizendo isso pode-se então afirmar que são inúteis as palestras, os livros específicos sobre o assunto, as palavras de conforto e de força para pessoas que pensam em desistir de tudo pois está difícil... Não é bem assim mesmo.
Para mim  a motivação não é apenas individual como não é também totalmente dependente de algum outro fator que não si próprio.




Existem pessoas que somente conseguem fazer as coisas, ter determinação com ajuda de outros, como também há outras que fazem de sua própria história de vida uma razão pela qual prossegue todos os dias a fim de não desistir daquilo que deseja, por mais que pareça ou esteja difícil. Isso vai da personalidade e das características de cada um.
O ruim é quando o nível de necessidade de motivação ou dependência de aprovação alheia extrapola, ao ponto de só se conseguir progredir através de outrem.
Há pessoas que passam toda a vida a mercê dos outros, submissos a suas opiniões e seus pensamentos, a espera de palavras de conforto, de incentivo que muitas vezes não vêm.
Não devemos culpar àqueles que as esperam nem os que não são capazes de oferecer tais palavras , pois sabemos que cada um tem seu jeito particular, seus valores, sua personalidade.



Eu sou uma das que fazem muitas coisas esperando parabenização e muitas vezes a fim de dar orgulho à pessoas importantes a minha volta e percebo que isso não é muito válido pois acabamos por vezes nos frustrando, decepcionando e como consequência nos tornando mais desmotivados ainda.
Não sei se faz-se pior a espera por palavras e atos de motivação ou não só a falta total deles como também muitas vezes o inverso, atitudes opostas que te deixam ainda mais desmotivado.
Falar em motivação é falar em sentimentos que por sua vez é falar em auto-estima, auto-confiança...Tudo isso está de certa forma relacionado.
Uma pessoa feliz consigo mesma, com a situação em que está vivenciando se sente bem mais motivada que outra que não está em seu melhor momento, em que já está para baixo, faltando algumas vezes bem pouco para isso levar à depressão. A confiança em si mesmo também conta muito. um alguém que se acha capaz do que a si é imposto consegue não apenas motivação própria como também realizar o que almeja com mais eficiência e eficácia porque tem em mente que é capaz.


Certo que cada um tem suas particularidades, mas vamos colocar dois exemplos simples.
1° Uma moça que têm uma vida estabilizada, uma ótima carreira no trabalho, mas que está passando por sérios problemas no casamento. Por sua vez, esse desequilíbrio emocional causado pela situação gera muitas consequências como descuido de si mesma, negligência no trabalho, falta de motivação para continuar a vida.
2° Uma moça de casse social baixa, que trabalha duro todos os dias para colocar comida em casa e sustentar os filhos.
Primeiramente esse exemplo serve para mostrar que independente de classe social todos nós temos problemas e isso não é um motivo para desistir das coisas.
Voltando, não quero dizer que será mais fácil para a primeira superar e se auto-motivar a seguir em frente porque ela é de classe alta. 
Como disse anteriormente, cada ser humano têm um pensamento, cada cabeça pensa de uma forma.
A primeira pode sentir mais necessidade de palavras de força por não está acostumada a isso. 
Sabe quando está tudo as mil maravilhas e do nada algo cai e desmorona tudo? Então, seria o caso dela. Já a segunda pode ter provavelmente no futuro dos filhos uma motivação para continuar na árdua batalha todos os dias.



Não devemos estar sempre esperando dos outros motivação. Ficar estacionado a espera de um: "Vamos, força, estude que você consegue" ou "Vamos, você é capaz, sabe que pode conseguir um bom emprego, basta querer".
Claro que são ações simples e que nos dão um empurrãozinho, mas não é correto depender disso para fazer as coisas.
Ora, você não sabe o porque de querer certas coisas? E esse querer de certa forma não já é um motivo para correr atrás?
Sem dúvidas têm momentos em que precisamos ouvir certas palavras, mas não podemos tornar isso um hábito.
Então para você que está aí reclamando de sua vida, achando que não é capaz de realizações ou de seguir em frente depois de cair porque ninguém fica dizendo que você consegue. Se auto-motive, pense na razão de estar nesse mundo ou simplesmente pense naquelas pessoas que têm vidas tão mais difíceis que a sua muitas vezes e que não reclamam, que choram, mas não desistem. Que muitas vezes não ouvem "Meus parabéns", pelo contrário, escutam coisas que os desanimam, mas que ainda assim prosseguem porque sabem motivo de estar ali. que não parecem ter glórias ou grandes êxitos e vivem uma vida de rotina e trabalho, mas que ainda assim sabem agradecer todos os dias pelo simples fato de ter direito à vida e poder correr atrás do que deseja. 
Você pode porque sabe que pode e não porque alguém te diz isso, você pode porque todos nós, sem exceção, podemos. Todos somos capazes se quisermos ser. Independente da motivação ser externa ou interna ninguém melhor que você mesmo para se motivar todos os dias.



#UmaHeliofóbica